Olá, seja bem vindo(a)!
Parei de fumar no dia 29 de agosto de 2016. Na véspera dessa data resolvi começar esse blog para compartilhar a minha experiência e ao longo de quase dois anos escrevi por aqui.
Sigo sem fumar e me distanciei tanto do vício que não vi mais sentido em continuar escrevendo sobre esse assunto. No entanto, deixo o blog no ar para quem sabe servir como apoio e incentivo para os futuros ex-fumantes!
Não editei nenhum texto, estão todos no original e feitos com o calor da emoção do momento em que escrevi. Sugiro que comece a leitura pelo post mais antigo - clique aqui.
Apesar de não escrever mais por aqui, acompanho os comentários e respondo todos . É sempre muito bacana conhecer outras experiências e fico super feliz em saber que recebo visitas por aqui. Deixe sua mensagem! =)
Torço por todos que estão na luta contra esse vício. Minha vida mudou para muito melhor depois que parei de fumar e olha que eu era daquelas que achava que tudo iria perder a graça sem o cigarro.
Muito sucesso nessa empreitada e vamos aumentar o "time dos cheirosos"!
Um grande abraço com muito carinho,
Carol
quarta-feira, 21 de agosto de 2019
sábado, 15 de dezembro de 2018
A vida é uma caixinha de surpresas!
O projeto maratona entrou na minha vida de última
hora. Eu nunca imaginei que correria os 42k um dia, muito menos esse ano. Foi
um acontecimento tão de repente e tão incrível que nas semanas seguintes eu
vivi uma emoção difícil de descrever.
Foram dias sem igual, sonhando acordada, muito,
mas muito feliz e realizada comigo mesma. Minha vida mudou para sempre, passou
a existir uma nova Carol depois de atravessar aquela linha de chegada.... e em muitos sentidos... porque no início de setembro, um mês depois da maratona, eu
descobri que estava grávida!
EXFUMANTE, MARATONISTA E MÃE. MÃE!
Primeiro, o susto. Depois, as lágrimas de emoção. Até hoje,
as lágrimas! Meu marido e eu já estávamos pensando na ideia, mas ainda não
tínhamos decidido quando realmente iríamos tentar. Não deu nem tempo, o babyzinho foi mais rápido do que nós (filho/a de maratonista, né?) e no dia 10 de setembro o teste
da farmácia deu positivo. Curiosamente, se minha mãe estivesse viva seria
aniversário dela. A vida é ou não é uma caixinha de surpresas?
Levei alguns meses para conseguir escrever esse post e dar a
notícia. Resolvi esperar passar o calor da emoção para escrever aqui, mas eu percebi que
se eu realmente for esperar isso eu não vou escrever nunca, pois a maternidade
me deixou ainda mais sonhadora e ainda mais com a cabeça nas nuvens. Não sei
se um dia vou conseguir falar sobre isso sem o calor da emoção... e também sem lágrimas
nos olhos, porque eu já parei um bocado de vezes aqui nesse texto para enxuga-las.
Eu me sinto muito agradecida e privilegiada por poder gerar
uma vida. É lindo demais saber que em breve
virá mais uma pessoa para viver comigo e o homem que eu amo e aumentar nossa família. Eu me
pergunto se eu sou merecedora de tudo isso, porque a vida tem me abençoado tanto e de
forma tão grandiosa que fico sem palavras e sem reação.
Sobre o cigarro... se eu já não queria saber dele antes,
agora com um bebê que a ideia de fumar está absolutamente extinta da minha vida.
Nem com bebê dentro e nem fora da barriga. Adeus cigarro!
Mais do que isso: é um alívio poder passar pelo momento
mágico da gestação sem me preocupar com esse assunto. Fico pensando em como deve ser
difícil lutar contra o vício estando grávida, com tantas mudanças no corpo e
com o peso na consciência de enfiar fumaça toxica em uma vida tão frágil e tão
inocente. Aliás, foi esse um dos motivos que me fez dar o pontapé inicial no
Projeto Parar de Fumar, lembram? Podem ir lá nos primeiros posts ver. Eu morria de medo
de ter que parar de fumar na gravidez. Para mim é um alívio gigante não ter que
me preocupar com isso!
Continuarei dando notícias, pelo menos até maio, quando está
previsto o nascimento do meu bebezinho. Se é menino ou menina? Teremos que
esperar até lá para descobrir. Para mim só uma coisa importa: que ele/a tenha
saúde. O sexo descobriremos na sala de parto, quem vai contar para a gente é
o próprio baby. Aguenta coração!
Até a próxima pessoal!
Carol – Ex fumante, maratonista e mãe!
quarta-feira, 29 de agosto de 2018
02 anos sem fumar!
Hoje eu completo 02 anos sem fumar! Dois anos inteirinhos livre do cigarro! Quem diria... Viva!! Eu consegui!! É festaaaaa!
Coincidentemente parei de fumar no Dia Mundial do Combate ao Fumo. Foi sem querer isso, já até contei aqui no blog que descobri isso dias depois que parei, mas uma feliz coincidência. É um dia de super incentivo para aqueles que querem parar e no meio dessa campanha toda comemoro a minha data especial!
Se no primeiro ano a sensação o tempo todo era de andar na corda bamba, nesse último que se passou foi tudo bem mais tranquilo e começo a colher os frutos da vida livre do vício. O último ano serviu para sacramentar que eu vivo bem e quero distância do cigarro.
Ainda acho bastante surpreendente eu ter conseguido parar assim de primeira, fico bastante feliz comigo mesma por ter chegado até aqui. Utilizei minha teimosia a meu favor e que bom que deu certo. Já dizia minha mãe: "Carol, quando você coloca uma coisa na cabeça é mais fácil arrancar a cabeça do que a ideia". É... mães geralmente tem razão rsrsrs
Há 02 anos eu sofria de abstinência e morria de medo do que estava por vir. Acreditava que estava embarcando para uma vida turbulenta e cheia de tristeza pela separação do meu "grande amigo". Se alguém me falasse que seria justamente o contrário eu não iria acreditar. Que bom que eu resolvi arriscar mesmo assim, é incrível poder viver uma vida igual, mas completamente diferente ao mesmo tempo.
Parar de fumar foi uma das experiências mais intensas de autoconhecimento que eu já vivi. Continuo me redescobrindo e me reinventando, mas agora em paz comigo mesma. Hoje posso falar que me conheço muito bem e de uma forma que nunca havia experienciado.
Desejo do fundo do coração que todos que pensem em parar de fumar, ou que estejam nessa luta, cheguem até aqui também. Acreditem: a experiência é maravilhosa e a vida sem cigarro é muito melhor. Confiem!
Feliz 02 anos sem fumar para mim! ✌
Até a próxima pessoal!
sexta-feira, 3 de agosto de 2018
Ex-fumante e MARATONISTA!
É com muita alegria e emoção que começo esse post comunicando que eu agora entrei para o grupo daqueles que já atravessaram a linha de chegada 42k. Eu sou uma maratonista!
Mas ué, não era você que dizia que não tinha vontade de correr grandes distâncias? Pois é.... mas o tempo, o parar de fumar e a maturidade me ensinaram a deixar meu coração livre para decidir o que ele queria. Foi assim que, faltando 1 mês para eu completar 2 anos sem fumar, eu fiz aquilo que nunca me imaginei fazendo: corri uma maratona!
Realmente isso não estava nos meus planos, eu estava feliz correndo 21k e tentando me especializar nessa distância. Depois da Meia do Rio eu fiz mais algumas provas nessa distância e estava bastante satisfeita assim.
Foi quando em março desse ano uma amiga minha, maratonista e educadora física, começou a me pressionar para a maratona. Dispensei logo de cara, falei que ela estava louca e dei o assunto por encerrado. Alguns dias depois ela me incentivou de novo... e de novo... e de novo.
Foi quando em março desse ano uma amiga minha, maratonista e educadora física, começou a me pressionar para a maratona. Dispensei logo de cara, falei que ela estava louca e dei o assunto por encerrado. Alguns dias depois ela me incentivou de novo... e de novo... e de novo.
Ela realmente insistiu nisso e, não bastando, prometeu que me treinaria para a prova. Admito que a proposta começou a ficar tentadora, mas ainda assim eu disse que não. Ela continuou insistindo e dessa vez colocou mais duas condições: ela me acompanharia nos treinos longos e correríamos juntas a prova inteira. Ela já tinha 02 maratonas no histórico e é profissional de Educação Física. Ela não estaria falando isso a toa. Pensei bem e lembrei, ainda, que a prova seria 1 mês antes de eu completar 02 anos sem fumar. Não resisti, fiz minha inscrição.
Morrendo de medo olhei o e-mail de confirmação e pensei: sua louca, o que você tem na cabeça? Levei um tempo para me acostumar com a ideia, era estranho me ver nessa situação. Enfim, não sou o tipo de pessoa que desiste fácil. Se eu havia parado de fumar, acreditava que era capaz de correr esse negócio. Até porque já estava inscrita, não teria volta. Vamos pra cima!
Fiz algumas (várias) adaptações na minha rotina e entrei em um ritmo bem pesado de treinos. Respeitei a risca o planejamento que me foi passado, a ponto de me ver no meio de uma viagem pela Itália, cumprindo o cronograma e entregando as distâncias solicitadas.
Viver em uma rotina pesada de treinos foi maravilhoso e cresci muito com isso - mental e fisicamente. Passei a me conhecer muito melhor, respeitar meus limites e a comemorar cada pequena vitória, cada pequena conquista - essa última parte admito que aprendi quando parei de fumar!
O grande dia chegou!
Eis que chegou o dia 29 de julho! Largada no Pacaembu com 42k por São Paulo encerrando o percurso no Jockey. Lá fui eu!
A largada foi no mesmo local onde larguei nas minha primeiras corridas - a primeira como fumante, em 2013, e a primeira como ex-fumante, em 2016. Meus olhos marejaram e foi difícil conter a emoção. O restante do percurso foi uma combinação de várias provas que já fiz pela cidade e um verdadeiro filme passou pela minha cabeça. Foi emoção do começo ao fim. A cada passo, a cada km, eu só conseguia me sentir a pessoa mais feliz do mundo!
Ao longo do percurso meu irmão, meu marido e alguns amigos me encontraram para torcer e correr junto. Não foi planejado, o que deixou a situação ainda mais especial. Cruzei a linha de chegada de mãos dadas com a minha amiga e treinadora, idealizadora dessa loucura. Junto conosco nessa reta final juntaram-se a nós meu marido, um amigo e uma amiga: os três torcendo, gritando e "nos empurrando". Momento mais lindo de se viver!
Não bastava toda a emoção da linha de chegada ouvi um "Carooool" naquele timbre e tom de voz que só uma filha sabe reconhecer. O meu pai! Ele estava lá! Lembram que só vi ele chorando duas vezes na vida (quando minha mãe morreu e quando eu contei que tinha parado de fumar?) Pois então, essa foi a terceira. Nos abraçamos e choramos muito. MUITO!
Eu ainda não consegui absorver tudo que aconteceu comigo naquele domingo da maratona. Esperei alguns dias para fazer o post, mas percebi que se eu realmente for esperar eu me acalmar, talvez leve meses, ou anos, ou ainda não chegue nunca o dia que esse sentimento acalme em mim.
Foram 4h15min de pura emoção e carrego comigo um sentimento enorme de gratidão e alegria. Nunca saberei agradecer o suficiente a minha amiga, pela insistência e dedicação; a todo mundo que me acompanhou, incentivou e principalmente a Deus por me permitir viver tudo isso.
Eu consegui! Os 42km são meeeuuuss!! |
A corrida de rua foi uma grande aliada para mim nessa luta contra o vício e posso falar com bastante propriedade que ela me ensinou muita coisa, sobretudo a me conhecer, me amar e me respeitar.
Quantas voltas a vida dá! Quando lembro que por um tempo parei de correr, porque entre a corrida e o cigarro o vício falou mais alto... quem diria. Que bom que me dei conta logo da besteira que estava fazendo e virei o jogo!
Quantas voltas a vida dá! Quando lembro que por um tempo parei de correr, porque entre a corrida e o cigarro o vício falou mais alto... quem diria. Que bom que me dei conta logo da besteira que estava fazendo e virei o jogo!
Espero encontrar algum outro ex-fumante pelas corridas por aí. Seja nos 5k, 10k, 21k ou até mesmo na linha de chegada de alguma maratona, por que não?
Eu lutei contra uma dependência química, então 42k eu pude com você também. Nunca duvide da força de um ex-fumante! Meu coração que ficou tão apertado e triste na época da abstinência hoje bate feliz e carrega com ele uma medalha de maratona.
Um grande abraço a todos e até a próxima!
Carol - Ex-fumante e MARATONISTA!
quarta-feira, 11 de julho de 2018
A caverna de todos nós - Jairo Marques
Minha manhã de hoje começou com a leitura desse texto lindo do Jairo Marques. ❤
Além de me emocionar por toda a história dos meninos na caverna, achei de uma relação muito, mas muito próxima mesmo com o processo que enfrentei ao parar de fumar. Resolvi dividir a leitura aqui com vocês.
Obrigada por serem meus socorristas! Esse blog, a corrida e todos que me apoiaram foram fundamentais para o meu resgate. Pode ter levado 01 ano, mas era o tempo que eu precisava.
Espero que todos estejam prontos para serem resgatados de suas cavernas também.
Estarei na torcida sempre.
Com carinho a todos os guerreiros e guerreiras,
Carol
Além de me emocionar por toda a história dos meninos na caverna, achei de uma relação muito, mas muito próxima mesmo com o processo que enfrentei ao parar de fumar. Resolvi dividir a leitura aqui com vocês.
Obrigada por serem meus socorristas! Esse blog, a corrida e todos que me apoiaram foram fundamentais para o meu resgate. Pode ter levado 01 ano, mas era o tempo que eu precisava.
Espero que todos estejam prontos para serem resgatados de suas cavernas também.
Estarei na torcida sempre.
Com carinho a todos os guerreiros e guerreiras,
Carol
A caverna de todos nós - Por Jairo Marques
Um pouco de cada ser vivente neste planeta estava soterrado com aqueles meninos esquálidos no fundo de uma caverna na Tailândia aguardando por uma luz, por socorro, por esperança de continuarem suas jornadas. Lamentável serem tantas as angústias, os clamores por novas vidas e tão poucos os esforços por resgastes no dia a dia.
Desde menino, me chamam de “guerreiro” ou diziam que eu tinha de ser um para conseguir suportar carregar o peso e as consequências de uma deficiência severa. Demorei muitos anos para entender a razão do rótulo, que me impunha sempre a necessidade de rugir firmemente, de ser bravo, de ser destemido diante às adversidades que parecem não ter fim.
Hoje o conceito me é mais claro. Chamar o outro de guerreiro é uma maneira de alertá-lo de que na selva ou na caverna, muitas vezes, a vontade de continuar enfrentando o medo, de seguir pelejando para se manter íntegro é um processo solitário, de enfrentamento de medos, de dores físicas, mentais e sentimentais.
O que pouco se considera nos guerreiros é que a cada frente de batalha, novos arranhões e feridas se formam, mais vulnerável se fica, menos rugidos sobram.
Por mais fortes e resistentes que fossem os 12 meninos – e, evidentemente, também o treinador –, foram os incansáveis mergulhadores, socorristas, voluntários, rezadores e xamãs que deram a eles, em momentos distintos, o fiar das garras para acreditarem que se salvariam.
Na caverna de cada um, o processo é semelhante. Há momentos diversos em que apenas a dedicação própria é inócua para voltar à superfície, que é fundamental que alguém, do lado de fora, dedique algo a mais que desejos de boa luta, de boa sorte.
Na minha trajetória de “guerreiro”, a carapaça de resistência servia mais para me fazer sentir dificuldades de compartilhar minhas angústias, minhas fraquezas –e me tornar tremendamente arisco–, do que para me tornar alguém firme, inume a qualquer sofrimento.
Quando o padecer de alguém se torna processo além do indivíduo, mais rápido se atinge um ponto de equilíbrio, retoma-se energia, mais lenta avança a desilusão.
Quando se sabe que alguém está empenhando em arrumar uma corda longa para resgatar um aflito de um buraco, algo na natureza humana faz a gente não se esvair em choro e fim.
E sempre, sempre há algo a ser feito para quem está enfurnado em uma caverna, mesmo se ela estiver parcialmente alagada, mesmo se ela for lúgubre, estreita, desconhecida.
Os técnicos mais graduados envolvidos na recuperação dos garotos, objetivamente, diziam ser muito difícil que tão pequenos seres fossem capazes, em tão curto espaço de tempo, de aprender mergulho, de controlar suas aflições e de adquirir o conhecimento necessário para sair daquela situação.
Junte-se a isso as tempestades que desabavam na região, a anêmica condição física do grupo e a dificuldade de levar recursos para as proximidades do ponto de contato. Mas do lado de fora, havia muito mais que pensamento positivo, gritos de “vocês são guerreiros”.
Havia vontade e ação para que tudo se resolvesse, para que a luz não se apagasse para eles e para cada um de nós. Sem nenhuma dúvida, é necessário mais gente explorando cavernas e mais gente acreditando que há chances de ser resgatado.
(Fonte: https://assimcomovoce.blogfolha.uol.com.br/2018/07/11/a-caverna-de-todos-nos/)
terça-feira, 19 de junho de 2018
Primeira viagem da ex-fumante sozinha!
Em maio tive que fazer as malas e partir em viagem por uns dias. Já viajei sozinha muitas vezes. MUITAS VEZES. Portanto, nenhuma novidade com o fato de não ter companhia. Só que essa foi minha primeira como ex-fumante.
Faz 1 ano e 10 meses que abandonei o vício (Yeah!) e posso falar com certa segurança que estou muito adaptada à minha nova condição. Falei isso aqui já várias vezes, acredito que ficou bem claro (e repetitivo!). Também já viajei algumas vezes como ex-fumante e passou a euforia dos "primeiros-tudo" (primeiro voo sem fumar, primeiro hotel, primeiro desembarque sem cigarro, etc, etc). Essa foi a vez da primeira viagem modo solo.
Faz 1 ano e 10 meses que abandonei o vício (Yeah!) e posso falar com certa segurança que estou muito adaptada à minha nova condição. Falei isso aqui já várias vezes, acredito que ficou bem claro (e repetitivo!). Também já viajei algumas vezes como ex-fumante e passou a euforia dos "primeiros-tudo" (primeiro voo sem fumar, primeiro hotel, primeiro desembarque sem cigarro, etc, etc). Essa foi a vez da primeira viagem modo solo.
Viajar a primeira vez como ex-fumante me fez enxergar a minha situação com um outro olhar. Eu realmente senti que eu estava verdadeiramente só. Porque todo o tempo, no passado, eu sempre estava acompanhada. Do cigarro! Quem foi fumante sabe bem o quanto ele nos dá a sensação de companhia, não é mesmo?
Logo que cheguei no destino, na primeira noite, percebi que uma vez tendo feito tudo que era para fazer no dia, antigamente eu passaria o restante do tempo fumando. Há tempos o assunto do cigarro não me vinha na cabeça como foi nesse dia. Não foi nada assustador, nada disso, apenas curioso.
Logo que cheguei no destino, na primeira noite, percebi que uma vez tendo feito tudo que era para fazer no dia, antigamente eu passaria o restante do tempo fumando. Há tempos o assunto do cigarro não me vinha na cabeça como foi nesse dia. Não foi nada assustador, nada disso, apenas curioso.
Dessa vez eu vivi a experiência de estar na minha própria companhia e nada mais. Não a toa eu digo que parar de fumar é um dos experimentos mais intensos de autoconhecimento.
Nessa viagem, como não havia mais pequenos momentos ociosos para ficar fumando, notei o quanto eu aproveitei ao máximo cada segundo. As minhas horas vagas não foram ocupadas por fumaça, mas sim por uma atividade atrás da outra e, o melhor, foco total no que eu estava fazendo. Porque a minha versão fumante passava sim, uns 50% do tempo fazendo a atividade e o restante dele localizando fumódromos ou pensando nesse assunto. O próprio fato do meu apartamento ser não fumante com certeza ia dar um stress na viagem.
Admito que por alguns instantes eu temi a respeito dessa experiência, antes de embarcar eu ficava imaginando como eu reagiria longe de todos, completamente sozinha. Se eu fumasse ninguém ia ficar sabendo, não é mesmo? Mas o desafio aqui não é com terceiros... é comigo mesma e eu não fumei porque eu não quis. Simples e incrível assim.
Fumar não faz mais parte de mim. Que alegria! Mais um capítulo vencido nessa batalha pessoal!
Adeus cigarro!
sábado, 21 de abril de 2018
600 dias!
Então o aplicativo do celular apita e informa: Parabéns, 600 dias sem fumar!
Boa sorte a todos que estão na batalha, sigam firmes! Aos que estão tomando coragem, encarem o medo e o desafio, vai valer muito a pena! Torço por todos, sempre!
Agora vou lá comemorar meus 600 dias, yeah! 😎
Até a próxima pessoal, vamos que vamos!
Olhei para aquilo com um ar um pouco assustada, um tanto feliz e paralisada sem saber exatamente o que fazer com essa informação. Passado o choque, vem a alegria e emoção. Seiscentos dias... caramba... eu consegui mesmo!
Foi um longo caminho, uma dificílima batalha e mesmo depois de todo esse tempo eu ainda tenho bem firme dentro de mim que para sempre terei que tomar cuidado com esse assunto. Qualquer deslize, qualquer trago inocente para fazer um teste (se é que isso existe!), qualquer bobagem ou excesso de confiança poderá despertar um vício adormecido dentro de mim e eu não quero saber qual vai ser a reação dele e minha se ele acordar. Deixa ele lá quieto e eu sigo aqui minha nova vida feliz!
Com o passar de todo esse tempo também mudou muito a minha forma a olhar a minha antiga relação com o vício. Como ele me enganava, me dominava... se eu já achava assustador na época, hoje olho e fico apavorada em pensar o quanto o cigarro me manipulava. Não me culpo, não tenho raiva, nada disso... vamos levar tudo como um grande aprendizado. Melhor assim.
Fico também admirada por ter resistido a toda e qualquer recaída. Falei por aqui outras vezes, sou dura na queda, usei minha teimosia e orgulho a meu favor. Usei e abusei do "Não é não, doa o que doer". Sou dura demais comigo e por mais que em diversas vezes isso seja ruim, no objetivo de parar de fumar isso teve um resultado positivo.
Devo ter falado aqui outras vezes, mas não custa repetir: que bom que eu tomei essa decisão! Que bom que insisti nisso! É uma vida completamente nova, cheia de descobertas e repleta de saúde, claro!
Boa sorte a todos que estão na batalha, sigam firmes! Aos que estão tomando coragem, encarem o medo e o desafio, vai valer muito a pena! Torço por todos, sempre!
Agora vou lá comemorar meus 600 dias, yeah! 😎
Até a próxima pessoal, vamos que vamos!
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