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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

O carro e o cigarro

Uma das maiores dificuldades quando parei de fumar foi dirigir sem o cigarro, por mais incrível que possa parecer, e admito também que de certa forma ainda é. Já me adaptei bem a conduzir o veículo na minha nova condição de ex-fumante, mas levei um bom tempo para me acostumar a isso e garanto que foi muito mais difícil do que, por exemplo, ficar sem o cigarro pós-almoço.

Dei uma pesquisada e li em algum lugar uma teoria que para mim fez todo sentido. O texto dizia que o fumante tem sido banido de tantos lugares, fumar tem sido cada vez mais difícil por aí, que o carro se tornou uma espécie de território livre para o cigarro. Uma espécie de fumódromo particular, sabe?

Essa teoria vai totalmente de acordo com o que aconteceu comigo e para mim fez todo o sentido do mundo. Por exemplo: eu evitava fumar no meu trabalho, criei uma espécie de política minha de não interromper minhas atividades no trabalho para sair para fumar. Resultado: encerrado o expediente, eu entrava no carro para ir pra casa e pá, imediatamente acendia um cigarro. Outra situação: se eu ia a um restaurante, cinema, shopping ou qualquer outro lugar onde fumar era proibido (e sair para fumar dava muito trabalho) assim que eu entrava no carro a primeira coisa: acender um cigarro. Sem contar quando algum não-fumante do esquadrão anti-fumo me pedia uma carona e eu ora mentia que ia fazer outro trajeto, ora dava a carona p da vida porque não ia poder fumar tranquila. Poderia listar aqui inúmeras outras situações, mas regra geral a situação era sempre essa: carro = aliviar o vício.

Eu sempre circulei muito pela cidade de carro: eu fui professora particular de inglês, então eu ia de um lado para o outro o tempo todo; sempre morei distante dos lugares que gostava de frequentar, então vira e mexe lá ia eu de carro em um longo trajeto, hoje trabalho a uns 40 minutos de casa, o que me daria tempo suficiente para uns 02 ou 03 cigarros para matar o tempo no percurso.... enfim, foram muitos quilômetros e muitas bitucas asfalto a fora.

Uma vez conversando com uma outra fumante (na época eu ainda fumava) ela me perguntou se eu já tinha frequentado um daqueles fumódromos fechados, fedidos e esfumacentos. Antes da resposta verdadeira eu ri e disse: "todos os dias, meu carro é um deles, só que ambulante".
Tudo isso para dizer que não foi a minha varanda, não foi o café, não foi o pós-almoço... difícil mesmo pra mim foi dirigir sem fumar!

Sorte daqueles tabagistas que tem a regra de não fumar no carro, não passarão pelo mesmo martírio que eu e, principalmente, não terão que conviver com o carro fedendo mesmo meses e meses depois de parar de fumar - porque eu insisto que eu ainda sinto cheiro de cigarro no meu carro. Blah!

É isso aí, mais um obstáculo a se superar nessa minha vida sem fumaça.

Vamos que vamos! Até a próxima pessoal!

Descobri recentemente que isso dá multa! Eu não sabia! Ufa! Escapei de várias... rá!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Convivendo com os amigos fumantes



Uma situação que sempre me causou dúvidas: como eu conviveria com os meus amigos fumantes sendo uma ex-fumante?

Mais do que isso, a grande maioria dos meus amigos são tabagistas. Eu não ia abrir mão das minhas amizades só porque passei para o time dos sem fumaça, mas como seria nos encontros? Quando no restaurante apareceria o convite "vamos sair pra fumar", como eu ia fazer? E nos bares então? Eu ficaria ali dentro, sozinha, esperando todos voltarem? Ou iria ao fumódromo com eles e resistiria bravamente? O que fazer?

Diferente do que eu achei que seria, a minha relação "amigos - cigarro - fumódromo" tem sido muito tranquila. Nos primeiros meses eu evitava ir até as calçadas acompanhá-los ou ficar frequentando fumódromos, pois não me sentia tão forte e confiante. Ultimamente já dei algumas circuladas pelas áreas de fumante para acompanhar meus amigos e não tive maiores problemas com isso. Admito que na maioria das vezes eu acabo não indo com eles mais por preguiça do que por medo de cair em tentação - é tão boa a sensação de sentar em um bar/café/restaurante e não precisar ficar levantando pra fumar!

Admito também que nenhum amigo fica me convidando para sair para fumar "Carol, me acompanha ali que eu vou fumar um cigarrinho?" e por mais que eu fale para eles que eu realmente não me incomodo em vê-los fumar, eles não fazem esse tipo de convite para mim. Eu vou com eles por conta própria mesmo, "de bicão". O não convite e o não anúncio são as formas dos meus amigos tabagistas me apoiarem nesse meu projeto sem cigarro e eu acho fofo!

Eu não me incomodo de ser ex-fumante no meio de um monte de tabagistas, parar de fumar foi uma opção minha e sou muito bem resolvida com isso.

Fica aqui o meu relato, a minha experiência e para os leitores fumantes, não se assustem se qualquer hora toparem comigo no fumódromo, só estarei acompanhando alguém. Podem fiscalizar! Rá!

Vamos que vamos! Força Carol

162 dias livre do cigarro!


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Notícias!

Esse ano começou de um jeito muito diferente! Geralmente o mês de janeiro é um período mais calmo, inclusive no meu trabalho. Só que 2017 começou engatado no turbo, correria desde a primeira semana e quando eu finalmente consegui parar para respirar... já era fevereiro. Eita!

Agora que tudo parece estar mais calmo consigo voltar à rotina de posts no blog. Aliás, nem vou falar muito sobre a calmaria se não a minha agenda escuta, desperta e despiroca tudo de novo. 😜

O lado bom é que com todo esse tumulto o cigarro foi jogado de vez para escanteio e fissuras e pensamentos a respeito dele foram bem raros. Isso é estranho, pois eu achava que passaria uma vida de abstinência, tortura, dor e sofrimento, mas vejo que não, longe disso, eu me sinto é muito bem, obrigada!

Apesar da minha ausência no blog, fiz algumas pautas que gostaria de falar por aqui e em uma delas eu listei as coisas que ainda me fariam voltar a fumar, as coisas que não fariam, etc... meio que um balanço de que pé estou com relação ao tabagismo hoje, mais especificamente, ao meu vício. Estou trabalhando na listinha ainda, aguardem, mas no meio disso tudo eu cheguei à uma conclusão bem maluca também.

Eu dizia para os meus amigos que apesar de todas as melhorias que eu tive, se saísse um estudo dizendo que era tudo mentira, que cigarro não causa câncer e nem doenças malucas, que se a ciência dissesse que está ok fumar que não vou adoecer disso, eu voltaria na hora. Acontece que hoje eu já vejo que não... eu não sei se voltaria, não valeria a pena, eu ganhei muito em qualidade de vida e voltar ao tabagismo hoje pra mim seria como me jogar de volta no fundo do poço.

A situação é complexa, pois apesar de tudo, tudo, tudo, eu não entendo o porquê de as vezes eu sentir vontade de fumar se eu só vejo coisas negativas nisso... bom, daí vem a listinha que estou trabalhando, vamos ver o que vai sair dela! É um vício maluco, não dá para entender!

Enfim, de volta à rotina de posts, eu estava com saudades!

Vamos que vamos pessoal, até a próxima!

Rumo aos seis meses de liberdade. iuhu!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

HCOR - Programa Anti-Tabagismo



Hoje é um post de utilidade pública!

O HCor está com um programa novo de ajuda para quem quer parar de fumar, chama Vida Sem Cigarro

Pelo que verifiquei no site, o programa é de 14 semanas com encontros presenciais e outros online. As consultas tem apoio de um médico, um psicólogo e um nutricionista que dão todo o acompanhamento ao tabagista durante processo.

Eu teria tentado algo assim se eu pudesse voltar no tempo, pois parar de fumar não é nada simples e toda ajuda é sempre muito bem vinda. Sei que consegui parar, mas acredito que com uma equipe da área de saúde me ajudando eu não teria sofrido tanto (eu acho, né) e essa questão dos encontros não serem todos presenciais ajuda bastante para não deixar a agenda tão maluca. Eu gosto da ideia!

Apesar de já ter parado de fumar, enviei um e-mail para eles para verificar se não existe um programa de apoio para alguém na minha situação. Sei lá, algo como uma "manutenção" para o ex-fumante. Vamos ver, se eu descobrir alguma coisa eu aviso!

Por hora fica a dica para quem está pensando em parar de fumar ou conhece alguém que possa se interessar.

Ah, se alguém se inscrever e fizer esse tratamento do HCor, conta pra mim depois como foi? Estou super curiosa! Podemos até colocar no blog o relato, seria interessante!

Vou deixar também as informações do Programa do HCor disponível na aba "Material de Apoio" para quem quiser consultar no futuro.

Agradeço a minha amiga Jajá por ter compartilhado essa informação comigo para eu repassar por aqui.

Até a próxima pessoal, vamos que vamos!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

5 meses!

De repente (não mais que de repente), 5 meses sem fumar!



Mais uma comemoração, mais um mês de vitória e cada vez mais a certeza de que é isso que eu quero pra minha vida!

Admito que, atualmente, em 90% do tempo eu não me lembro do cigarro. Para ser sincera eu só lembro dele por causa do blog ou do QuitNow, etc. Vontade de fumar, lembranças e fissuras são muito raras hoje em dia, graças a Deus.

Eu tinha medo de ter que passar o resto da minha vida com vontade de fumar e tendo que me controlar, era tão assustador. Hoje só de pensar no gosto do cigarro muitas vezes sinto náuseas e até arrisco dizer que não tenho vontade nenhuma de fumar. Digo isso "pisando em ovos", pois esse processo de parar de fumar é uma montanha russa tão maluca que tudo pode acontecer. Ainda vou bater no peito e dizer "não sinto vontade nenhuma e cigarro nunca mais", mas agora ainda não. Vamos com calma. O pior já passou e estou ficando cada vez mais forte e cada vez mais livre!

Sei que preciso ficar atenta quando experiencio alguma situação nova, mas a rotina diária já vai muito bem, obrigada, inclusive dirigir pela cidade, o que por meses a fio achei que seria uma atividade pra sempre torturante e tentadora no quesito "vontade de fumar". (Infelizmente ainda sinto cheiro de cigarro no meu carro, mesmo já tendo feito milhares de coisas para melhorar a situação - no fundo me questiono se isso não é psicológico).

De forma geral percebo que estou entrando em um outro momento da vida sem fumaça, um período muito mais tranquilo e de reflexão. Ainda bem!

Carolina 5 x 0 Fedidão! Rá

Vamos que vamos, força Carol!

Até a próxima pessoal!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Parar de fumar é mais do que abandonar um vício

Eu lembro que antes eu achava meio piegas essa história do cara que parou de fumar e mudou completamente o estilo de vida. Hoje eu entendo perfeitamente. Parar de fumar é mais do que abandonar um vício, é um estado de espírito,é um grande divisor de águas na vida da pessoa.

Eu sei a força que tive que arranjar não sei até agora de onde para interromper de vez esse vício, eu senti o desespero da abstinência, a tristeza da separação, o medo arrebatador do novo e, acima de tudo, a recompensa de galgar um caminho que para mim parecia impossível. Agora que eu cheguei até aqui o céu é o limite, eu vou atrás dos meus sonhos, anseios e desejos.

Por esse motivo parar de fumar dá ânimo para resolver outros assuntos que estavam pendurados. Alguns mudam a alimentação, outros iniciam a prática de atividade física, há aqueles que iniciam novas amizades... tenho visto um pouco de tudo.

Como ex-fumante uma das minhas maiores resoluções até o momento foi cortar de vez o que me fazia mal. No meu caso especificamente não eram alimentos e nem atitudes, mas sim pessoas e ambientes. Não vou mais tolerar mais gente chata, programas que não suporto e pessoas que me fazem mal. Não sou obrigada! Adeus!

Parar de fumar me fez enxergar uma nova possibilidade de vida para mim, uma espécie de renascimento. Eu já me prejudiquei muito na outra vida que tinha, quando eu era tabagista, e agora que tenho uma oportunidade de começar de novo meu maior objetivo é ser feliz.

Vamos que vamos, é filosofia demais por hoje. Rá!
Até a próxima pessoal!


“Dreamer, you know you are a dreamer. Well, can you put your hands in your head, oh no!...”💕

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Dica de Livro - Easyway ou O método fácil de parar de fumar por Allen Carr



Existe um livro bastante conhecido no universo dos ex-fumantes. Ele foi apresentado pra mim nos meus primeiros dias dessa jornada e vira e mexe vejo alguém menciona-lo nos grupos de apoio. O livro chama O Método fácil de parar de fumar do autor Allen Carr, método também conhecido como Easyway.

Eu fiz a leitura do livro duas vezes: nos meus primeiros dias sem fumar e aproximadamente 1 mês depois que eu tinha parado e posso dizer sem sombra de dúvidas que me ajudou muito. As inquietações e justificativas para não fumar colocadas por Allen Carr em vários momentos ou eram muito parecidas com as que eu tinha, ou me abriram novos questionamentos e possibilidades.

Também é bem interessante o fato do próprio autor ser um ex-fumante, dá aquelas sensações de "gente como a gente", "alguém que já passou por tudo que passamos ou vamos passar" e "se ele conseguiu é possível largar o maledeto também". Admito que em certos momentos a leitura fica cansativa, ele bate muito na tecla do "aguarde, logo mais falarei a respeito do método", mas vale a pena seguir em frente e ler até o fim, pois é um material muito interessante.

Minha única crítica é com o próprio título do material: Easyway ou método fácil para parar de fumar parece um pouco irônico para quem está sofrendo horrores e passando por alguns dos piores dias de existência nessa vida. O único método fácil para mim seria não ter que passar pela tortura de parar de fumar... mas enfim, o título do livro é esse e não há nada que posso fazer a respeito.

Uma curiosidade! O método do Allen Carr também é aplicado em sessões de grupos com terapeutas, palestras, acompanhamentos, etc (no site deles há mais explicações). O tratamento é pago e eles garantem que se você não conseguir parar eles devolvem o seu dinheiro. Minha prima parece que vai participar aqui em São Paulo, se ela realmente for vou pegar um relato dela e conto tudo aqui para vocês - porque para mim não adianta mais (só se eu voltar a fumar, rá).

Quem frequenta chats, grupos de whatsapp e outros grupos de apoio ao tabagista já deve ter visto o link de acesso circulando. Muito embora tenham os links paralelos (dá um Google para ver), o caminho oficial para fazer o download do material é através do próprio site do livro (www.easyway.com.br) - deixei o link também disponível na aba "Material de apoio ao ex-tabagista" aqui do blog.

Fica a dica de leitura para vocês, espero que gostem e depois quero saber a opinião de quem já fez a leitura, hein?

Super abraço, vamos que vamos e até a próxima,

Nota: post feito por livre e espontânea vontade, assim como todos os outros posts desse blog, não sou remunerada para fazer divulgações e propagandas por aqui.