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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Feliz Natal!



Natal está aí, batendo na porta.
Será o meu primeiro sem fumar depois de muito tempo!
Parei para pensar a respeito e a última vez que passei essa data assim eu era menor de idade, que loucura!

Desejos especiais desse blog para as festinhas e encontros natalinos dos próximos dias:
Para a turma de ex-fumantes: muita força, não caiam em tentação, não deixem uma única data estragar todo o esforço sobrenatural que tivemos até agora! Força! Boraaa!!!
Para os não fumantes: deixem os tabagistas em paz! Não tentem convencê-los a parar, não façam isso. Já deixei bem claro por aqui que não é com esse discurso e nem desse jeito que vocês vão convencer ninguém.
Para os fumantes: aproveitem por mim, eu não posso nunca mais.. haha...e se um dia quiserem parar, estou por aqui! =)

Por fim, o clássico, mas verdadeiro: Feliz Natal a todos, com muita paz, união e felicidades!
Vamos que vamos pessoal! Ho ho ho!

Semana que vem tem mais, muito mais! (A São Silvestre vem aí! Preparados? Eu não! Rá!)

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Um fantasma que me acompanha

Eis um tema que está em minha pauta do blog há tempos, mas é um assunto sempre a se evitar a conversar e a pensar. O fantasma das doenças que me acompanha constantemente.

Acredito que não sou a única no universo dos tabagistas que tem esse receio, trata-se de um pensamento que de tempos em tempos me atormentava e ainda que eu tenha parado de fumar ele continua a me visitar. Nos 14 anos de tabagismo eu tive que tirar uma chapa do pulmão em 03 momentos e garanto que em todos eles eu suei frio enquanto não saia o resultado.

A primeira vez foi quando eu era bem nova, precisava tirar um visto e na documentação incluía enviar uma chapa do pulmão para comprovar que eu não tinha tuberculose. Na época eu era menor de idade e meu maior medo era minha mãe descobrir, através daquele exame, que eu comprovadamente era uma fumante mirim.

A segunda vez foi há alguns anos em uma tentativa da minha médica de me assustar e me fazer parar de fumar. Ela me deu a guia e eu não fiz o exame. Ela ligou tanto e me infernizou tanto que lá fui eu fazer. No resultado não deu nada, mas eu admito que tremi na hora de abrir o envelope.

A terceira e última foi nesse ano mesmo. Fui no ortopedista verificar uma dor no pescoço e ele pediu a radiografia, pois desconfiava que se tratava de uma escoliose. Se meu marido não estivesse comigo na consulta eu admito que teria fugido e nunca mais aparecido na frente daquele médico. Enfim, não foi possível e lá fui eu de novo. O resultado apontou uma baita de uma coluna torta e o diagnóstico certeiro de escoliose. Nada mais.

Verdade seja dita, em todo o meu tempo de fumante qualquer alteração em exame, sensação de mal estar ou mudança no corpo eu sempre associava ao cigarro. Eu sempre soube de todas as doenças que cada tragada poderia trazer para mim - já disse, todo fumante sabe - mas era sempre um assunto para se pensar mais pra frente, porque me atormentava demais pensar naquilo. Além de tudo eu já tenho o histórico de câncer na família. Da minha mãe. No pulmão. Por causa do cigarro.

Existe um consenso dos fumantes em que todos sabem o que pode acontecer, mas é um assunto a se evitar. De vez em quando entre os tabagistas aparecia uma história de alguém que ficou doente, que teve algum problema de saúde e o assunto termina por aí. No máximo pode acontecer um "Putz, preciso parar de fumar", mas o silêncio e olhar entre nós já diz tudo.

Toda essa história para dizer que agora que eu parei eu ainda estou inquieta com essa questão de saúde. Tenho o alívio de pensar que até o momento eu estou saudável, ou acredito estar, e que consegui parar com o vício antes de ter alguma complicação. Por outro lado eu tenho a consciência de que eu apenas parei, mas carrego comigo essa bagagem suja e pesada, nem tudo está resolvido e o que posso fazer daqui pra frente é torcer para que seja apenas algo a se ficar no passado e que não me atormente no futuro.

Eu precisava falar sobre isso, era um desabafo necessário. Ufa!

Vamos que vamos, até a próxima pessoal!

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Beber sem fumar - quase 4 meses depois de parar de fumar

Quem acompanha esse blog sabe o quanto eu sofri nas primeiras vezes que eu bebi cerveja sem o cigarro. Uma sensação de vazio, uma tristeza e a impressão de que minha amada cervejinha ou vinho perderam toda a graça para sempre. 

Eu fiquei realmente inconformada e por muitas vezes me questionei se eu não poderia abrir uma única exceção e me permitir o cigarro nos momentos etílicos. Também em outras vezes pensei se não era melhor eu deixar de consumir bebidas alcoólicas para sempre, já que aquilo sem o cigarro era tão esquisito. 

E a vida continuou.

Por mais que eu deteste admitir, por mais que nem eu acredite que isso é possível e deixando para trás o meu orgulho de não dar o braço a torcer, sou obrigada a fazer aqui uma declaração pública. Eu nunca achei que um dia eu falaria isso, mas hoje, quase 04 (quatro) meses depois de parar de fumar eu admito: é possível tomar uma cervejinha sem o cigarro, é gostoso e não dá mais a sensação de "falta alguma coisa para acompanhar".

Eu fiquei surpresa! Eu estava me prendendo tanto na ideia de que aquilo era ruim, estava errado, era uma tortura, bla, bla, bla, e quando eu me dei conta eu vi que era totalmente possível, eu fazia aquilo e de certa forma achava bom que eu não estava fumando. Especialmente nos dias pós pé na jaca eu agradeço demais a mim mesma pelo fim do tabagismo.

Já falei aqui da ressaca dos que não fumam, certo? Ela é maravilhosa perto das dores de cabeça e na bochecha na minha época de fumante.

Ainda assim eu admito: a receitinha cigarro e bebida é boa demais (sou orgulhosa, avisei, dou o braço a torcer pero no mucho), mas beber sem fumar também é gostoso, é totalmente possível e não é mais nenhuma tortura. É um prazer igual, mas diferente - se assim posso dizer.

Eu fico feliz, pois nessa história toda isso era um dos meus pontos fracos e tenho agora mais um problema resolvido!

Ex-fumantes e fumantes que pretendem parar que me acompanham por aqui: existe bar sem o cigarro! Confiem em mim! E olha que eu sou uma esponjinha etílica!

Viva!

Vamos que vamos, força Carol! Rumo ao bar! Rá!

Saúde!



segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Nota rápida - tão corrida quanto esse mês!

Dezembro é tão controverso! Ao mesmo tempo que ele me é muito agradável, pois traz consigo meu aniversário, o Natal e o verão, é também uma época em que parece que tudo precisa ser resolvido e feito urgentemente. Em outras palavras: minha vida vira uma correria sem fim!

Por essas e outras o blog está meio parado, peço desculpas, mas eu sigo aqui firme e forte na luta!
Minha relação com o cigarro está bem mais distante, difícil eu lembrar dele e nas poucas ocasiões que ele me vem à cabeça são nas horas que eu só consigo pensar "como é bom não depender mais dele".

Eu me sinto feliz e percebo que estou já bem adaptada à nova rotina sem a fumaça. Ontem um amigo me perguntou se eu olhando as pessoas fumando não sentia vontade nenhuma. Eu fui bem franca: não sinto vontade e não quero mais fumar. Eu não vou porque eu não quero, que fique claro isso! Ele me respondeu "então você realmente é uma ex-fumante, no sentido, não vai ter recaída nunca mais".

Assim espero!

Vamos que vamos! Até a próxima pessoal!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Sobre recaídas e ex-fumantes

Nos últimos tempos andei pensando em como eu ficaria e como eu reagiria se eu resolvesse desistir de tudo e voltar a fumar. Vou deixar claro aqui que essa não é uma possibilidade, mas comecei a pensar a respeito para entender e driblar as poucas fissuras que me aparecem. O questionamento foi bem direto: "Ok Carol, está liberado, pode voltar a fumar. Feliz agora?"a minha resposta seria, sem sobra de dúvidas, "Não".

Pela minha vida foram diversas as vezes que eu encontrava algum tabagista que se queixava do fato de estar fumando, geralmente isso vinha de alguém que tinha sofrido uma recaída. Eram sempre meio dramáticos, estavam sempre  frustrados com a situação em uma relação clara de amor e ódio com o cigarro.

Eles de certa forma me assustavam, pois levavam ao meu imaginário a tortura que deveria ser parar de fumar e, mais ainda, a certeza de que eu teria uma recaída. Eu também não entendia como alguém que tinha voltado a fumar poderia estar tão triste. Aliviar o vício, largar a tortura da abstinência, aquilo deveria ser bom.

Hoje, na minha atual situação, depois de pela primeira vez ter parado de fumar eu entendo esses  fumantes descritos aí em cima. Como eu falei, se eu voltasse a fumar não seria feliz, nem um pouco. Mais ainda, depois de passar por tudo que eu passei eu me sentiria muito fracassada, arrasada e com certeza entraria nessa relação de amor e ódio absoluto com o cigarro. Recaídas devem ser altamente frustrantes. Atualmente é um dos maiores medos que eu tenho.

Acredito que depois que eu parei eu nunca mais nessa vida vou conseguir fumar com a serenidade e blasé de outrora. Não que eu queira, que fique claro isso, mas é esse o tipo de pensamento que eu tenho quando a fissura vem.

Se eu serei infeliz, não fumarei sossegada e, além de tudo, hoje sinto os benefícios de não fumar, por que raios eu voltaria? Eu me agarro nisso e sigo em frente. Hoje as fissuras são bem poucas, mas eu ainda preciso de algo para me agarrar nesses momentos de tentação.

É isso aí, vamos que vamos.
Até a próxima pessoal!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Bafofô!

No meio dessa aventura eu descobri algo que sequer passou pela minha cabeça que poderia acontecer: a presença do bafofô!

Bafofô? Vocês me perguntam. Sim! O famoso mau hálito, apelidado como bafo e carinhosamente agora denominado bafofô! Convenhamos, se desde o título eu tivesse deixado claro sobre o que o post seria a respeito ninguém ia ler até o fim, ou ainda pior, talvez nem clicar para ver do que se tratava. Eu não leria, admito, mas com o bafofô tudo fica diferente, mais simpático e curioso!

Verdade seja dita, em todos esses anos de fumante vira e mexe eu topava com alguém com o famoso bafinho durante uma boa prosa. Eu sempre me questionava porquê a criatura exalava tal odor pela boca e eu não. Claro que eu não, hoje percebo que da minha boca saia um único cheiro: de cinzeiro!

Pois bem, vida de ex-fumante continua e outro dia em uma conversa senti algo e pensei: "Não... dessa pessoa não.". Não mesmo, o cheiro vinha de mim. Meu primeiro bafo(fô)! Gente! Pode parecer idiota, mas foi nesse momento que toda a questão de higiene bucal fez sentido para mim.

Na minha era de fumaça eu cuidava da boca para não perder os dentes mesmo, mas nunca me preocupei tanto com o hálito, afinal de contas eu não tinha muita opção. Hoje eu entendo melhor a questão do bafo - ter uma boca que não fede cigarro o tempo todo me fez perceber outras possibilidades, sendo que nem todas podem ser... digamos... agradáveis!

Mais uma vez na listinha do "coisas a se ganhar ao parar de fumar" eu faço uma descoberta inusitada. Besta, mas inusitada! Como eu sempre digo, é vida que segue, com descobertas bafônicas (Rá!).

Vamos que vamos, direto pro Listerine!
Até a próxima pessoal!


segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Aniversário (e o dia em que meu pai soube que eu parei de fumar!)

Pra mim hoje é ano novo! Meu aniversário! Viva!!!!!!

É pique, é pique, é pique é pique é pique!!

Quantas comemorações nas últimas semanas, não é mesmo? 03 meses sem fumar, 100 dias sem fumar, recorde na corrida, aniversário... são tempos felizes esses, quanta alegria!

Nos meus aniversários eu nunca faço comemoração. Me animo no primeiro instante, depois desanimo e quando está em cima da hora eu me animo de novo - mas aí eu lembro que faço aniversário em dezembro, todo mundo está com mil coisas para fazer nessa época e percebo o porquê eu não quis fazer nada no primeiro momento: é impossível achar uma data. Com isso em mente, esse ano tive várias pequenas comemorações, nenhuma grande aglomeração, mas todas muito especiais e com muito amor envolvido.

Ontem foi a comemoração com o meu pai. Tradicionalmente sempre saímos para jantar nos nossos aniversários, ontem por se tratar de um domingo foi feito um almoço. Tudo muito gostoso, clima fraternal e na hora que eu estava me despedindo para ir embora lá foi o meu marido e pá: contou para o meu pai que eu tinha parado de fumar.

Na minha vida eu vi meu pai chorar em 03 ocasiões: quando minha mãe morreu, quando eu casei e ontem, quando ele soube da notícia. Ele chorou copiosamente e eu desmoronei no abraço dele. De verdade? Eu merecia mesmo é uma bronca por ter fumado todo esse tempo! Eu sei que merecia e até por isso não quis contar para ele que parei, porque eu não deveria nem ter começado e já que comecei já deveria ter parado faz tempo. Só que pai é pai, né? Perdoa sempre. Não basta não me dar a bronca, ainda me agradeceu por ter parado. Eu além de chorar fiquei paralisada por alguns momentos. Foi realmente muito emocionante o dia de ontem!

A partir de hoje inicio uma nova primavera, será meu primeiro ano de idade na vida adulta sem fumar e vai ser maravilhoso! Recebi abraços sábado, ontem e hoje e a melhor parte é poder abraçar e ser abraçada ao receber os cumprimentos sem medo do cheiro do cigarro estar muito forte. Sem medo de ser feliz!

Agora com licença que vou lá comemorar, assoprar as velinhas e desejar que essa minha força de vontade não vá embora nunca! Vou aproveitar e mudar meu perfil do blog também.

32 anos. Paulistana e Sagitariana!

Até a próxima pessoal!