Quando eu decidi parar de fumar eu sabia que seria difícil, mas eu levei tanto tempo para me animar com a ideia de parar com o cigarro que dificuldade nenhuma me faria mudar de plano. Se eu tive e estou tendo dificuldades nesse percurso? Inúmeras, mas para minha surpresa esse processo tem se mostrado muito menos complicado do que eu imaginava que seria.
Eu já passei por algumas perdas significantes na minha vida e resolvi que eu agiria com o cigarro da mesma maneira que eu lidei com a morte de pessoas muito queridas. Para mim o cigarro foi um grande amigo, especial e muito companheiro, que faleceu no dia 29 de agosto e não há nada o que fazer a respeito, o mais próximo que posso chegar dele é através das lembranças. Fim.
Eu já perdi pessoas especiais e eu lembro que por bastante tempo eu me via pensando nelas, imaginando coisas como "Poxa, queria tanto poder contar para ela sobre isso, ela iria adorar", ou até frequentando lugares que foram especiais para nós. O jeito era entender a situação e seguir em frente. Com o cigarro tem sido assim, lembro de lugares que eu gostava de ir para fumar, lugares que seria bom tê-lo como companhia, mas ele está lá no quadrante dos que bateram as botas, nada poderá traze-lo de volta.
Eu uso muito essa ideia da morte no meu processo de parar de fumar e tem me ajudado bastante, mas sei que muitos podem nunca ter passado por um luto tão grande. O que fazer? Eu usei outro dia a comparação com o término de um relacionamento e percebi que pode ser levada da mesma maneira.
Imagine que o cigarro é um ex-companheiro seu, vocês tiveram um relacionamento, foram muito felizes juntos, mas um belo dia uma das partes resolveu terminar. Aí você se vê sozinha(o) e desesperada(o). Você já fez inúmeras tentativas, mas reatar a relação já foi determinado que e é impossível. Bem, o jeito é seguir em frente. É difícil? Sim. Haverá lugares que você vai lembrar da pessoa amada, situações que gostaria de compartilhar com ela, momentos que gostaria de tê-la ao seu lado, mas acabou, fim, game over.
De vez em quando eu ainda adiciono no exemplo do relacionamento que a outra parte, de quem você se separou, te batia e te maltratava, já pararam para pensar? Eu também gosto de adicionar que tem recém-separado que precisa ficar longe do celular quando bebe, se não corre o risco de ligar bêbada(o) para a outra parte. Com o cigarro é assim também, ou não é? Se não se sente forte bebendo sem fumar, evite o álcool por uns tempos.
Eu gosto dessas comparações, penso bastante nelas quando a fissura aparece e isso me ajuda bastante. É uma maneira mais clara de entender a abstinência e também de confiar no poder do tempo. Para a morte ou separação o melhor remédio é o tempo, então no meu processo sem cigarro será assim também!
Eu já disse, essa história de parar de fumar é uma coisa que só vou enfrentar uma vez, então vou ter que dar um jeito de ter sucesso nessa tentativa! Vamos que vamos! Até a próxima pessoal!
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