Uma vez eu li um livro que contava a história de uma menina que foi sequestrada e viveu em cativeiro sei lá eu quantos anos. Ela foi sequestrada quando era bem criança e passou praticamente a vida toda em um quarto nos fundos da casa do sequestrador.
Em uma passagem do livro ela narra um episódio em que ela teve a oportunidade de fugir. Ela estava em um supermercado com o sequestrador, quando ele resolveu ir ao banheiro. Ela conta que foi a primeira vez que ela esteve livre, poderia sair correndo, pedir ajuda, seja la o que fosse, mas não o fez. Ela conta, ainda, que muito embora estivesse sofrendo ela teve medo, pois de certa forma o cativeiro era o lugar conhecido dela e muito embora o sonho dela era se livrar daquilo, ela optou pelo sofrimento conhecido.
Claro que não se compara um sequestro com o parar de fumar, mas esse depoimento dela tem muito a ver com o meu projeto. Assim como ela, quantas vezes eu não me vi em situação de correr pela liberdade, mas optei a tortura do fumar, por ser mais prático e conhecido, mesmo sabendo que não me faz bem.
Isso tudo é muito bizarro!!
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